Presidente do STF quer combater quem “captura a religião para causas políticas

Igreja perseguida

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Roberto Barroso, causou reações ao discutir a interseção entre religião e política durante uma palestra na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Ele destacou a necessidade de evitar que a religião seja utilizada para objetivos políticos temporais em detrimento de causas espirituais, criticando a prática de líderes religiosos angariarem votos demonizando adversários. Barroso enfatizou que essa abordagem é contrária aos princípios cristãos e reforçou a importância da liberdade religiosa protegida pela Constituição Brasileira.

A declaração de Barroso despertou atenção devido às possíveis interpretações, levantando preocupações sobre a censura a líderes religiosos que se posicionam sobre questões políticas, como Silas Malafaia, André Valadão, Cláudio Duarte, entre outros.

Além disso, o presidente do STF definiu religião como antítese do ódio e citou as manifestações de janeiro de 2023 como exemplo do uso inadequado da fé na política. Ele ressaltou que a verdadeira religião é contrária à violência, destacando a importância de lidar com o próximo com compreensão e conversão, mesmo diante de comportamentos absurdos.

Durante a mesma palestra em uma universidade católica, Barroso defendeu o aborto como um direito à "liberdade sexual e reprodutiva" das mulheres, utilizando termos associados à militância político-ideológica, como "precisamos lutar e conquistar".

Fonte: Gospel Prime