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O ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de apoiadores neste domingo (21) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um ato público convocado com o objetivo de defender a liberdade de expressão e a democracia.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de apoiadores neste domingo (21) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em um ato público convocado com o objetivo de defender a liberdade de expressão e a democracia.
Reprodução/X / Perfil Brasil

Durante seu discurso, Bolsonaro voltou a solicitar a anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro e negou qualquer envolvimento na articulação de desobediência à Constituição por meio da chamada "minuta do golpe". Ele também referiu-se a Lula como "o maior ladrão da história do Brasil" e elogiou a atuação do bilionário sul-africano Elon Musk na defesa da liberdade de expressão e na denúncia das arbitrariedades cometidas pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

O primeiro a saudar a multidão foi o general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente de Bolsonaro nas últimas eleições. Em seguida, o jornalista português Sérgio Tavares, detido por 3,5 horas pela Polícia Federal durante a cobertura de um evento semelhante convocado por Bolsonaro em São Paulo, há quase dois meses, dirigiu-se aos presentes, assegurando-lhes que não estão sozinhos e que o mundo está ciente do que estão enfrentando.

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, enalteceu a seção do partido no Rio de Janeiro, descrevendo-a como a mais forte do Brasil. Tanto Costa Neto como o general Braga Netto estão proibidos pelo Supremo Tribunal Federal de manter contato com o ex-presidente Bolsonaro, no contexto da investigação dos eventos de 8 de janeiro.

Pouco depois das 10h, o locutor do evento anunciou a presença do ex-presidente Bolsonaro, que subiu ao trio elétrico acompanhado pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), e pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Michelle defendeu a renovação política, expressando a necessidade de líderes que promovam a prosperidade e não a opressão. Em sua fala, permeada por referências religiosas, Michelle recitou o Pai Nosso e mencionou "a amada Israel".

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) dirigiu-se à multidão em inglês, reconhecendo a repercussão internacional do evento e destacando a luta pela liberdade e pela democracia.

Em geral, os manifestantes atenderam ao pedido do ex-presidente Bolsonaro para que não levassem cartazes a Copacabana, a fim de evitar que mensagens pedindo intervenção federal ou fechamento do STF fossem utilizadas contra Bolsonaro nos processos movidos contra ele.

Durante o evento, houve críticas ao alinhamento de Lula com a ditadura cubana, feitas pela cubana Zoe Martinez, presidente do PL jovem, e pelo deputado Marco Feliciano (PL-SP), que também criticou a censura e a perseguição à direita.

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) agradeceu Elon Musk e pediu uma salva de palmas para o bilionário pela sua luta pela liberdade no país, enfatizando a necessidade de líderes determinados.

O organizador do evento, pastor Silas Malafaia, proferiu um discurso inflamado, atacando o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o comando das Forças Armadas. Malafaia afirmou que a ideia de um golpe é uma grande mentira e que Bolsonaro nunca propôs um golpe de Estado.

Moraes foi acusado de "prender alguns para intimidar outros" e de "jogar o STF na lata do lixo da moralidade". Por fim, o ex-presidente Bolsonaro reiterou sua percepção de perseguição por parte do sistema e alertou sobre sua segurança pessoal.

Fonte: Gazeta do Povo


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